Miguel Pupo vence Cold Water Classic, mais um PRIME na Califórinia

Com 250 mil dólares e 6500 pontos em jogo terminou hoje em Santa Cruz, Califórnia [EUA] a penúltima etapa de nível 6 esrtelas do ano. O Cold Water Classic deixou Miguel Pupo com mais 90 mil dólares no bolso.

Miguel mandou um aéreo, sem as mãos. Ganhou o mesmo tanto de altura que o tamanho da onda de onde decolou. É isso que os juízes querem ver. Aéreos são obrigatórios, mas a variação conta muito. Rasgadão invertendo a direção e mais um aéreo, dessa vez rodando, lhe renderam 9.33. Nosso irmão português estava em “comboland”, precisando 17.84. No fim da bateria o filho de Wagner Pupo mandou um superman [não tão super] seguido de aéreozinho rodando para fechar. Ele faz isso com uma facilidade que dá até dó. O 9.60 sepultou Tiago de vez. Miguel venceu mais uma na Califórnia.

Intrigante ver como Tiago Pires chegou a essa final. Realmente são tempos onde duas escolas de surf completamente diferentes estão se confrontando. Na semi nem Jordy Smith conseguiu deter Tiago. Mas, a bem da verdade, as ondas não estavam nada empolgantes, especialmente para o grandalhão da África do Sul que não emplacou nenhuma onda que chegasse aos 6 pontos. Questão de momento. Nas quartas Jordy passou por Josh Kerr que vinha dominando o evento com uma pontuação muito melhor do que Tiago conseguiu contra Nic Muscroft nessa mesma fase.

Para chegar à final, Pupo, que deve amar a Califórnia, teve que passar por Willian Cardoso na semi. O catarinense precisa mais dos pontos que Miguel, já na elite, mas nessas horas não dá para ajudar os amigos. Ok, Willian vai trocar resultados e melhorar sua 43ª posição no ranking unificado que classifica os 32 primeiros para a elite. Raoni Monteiro ficou devendo uma onda nas oitavas de final contra Miguelito que fez mais que o dobro da pontuação do compatriota que estava na 18ª posição do ranking e também deve trocar pontuação.

Por falar em troca esse evento aconteceu em 3 picos diferentes por conta da falta de ondas e marés erradas em Steamer Lane, Santa Cruz [norte da Califórnia]. Depois reclamam do Brasil. Nem as ondas nem a transmissão foram dignas de um evento 6 estrelas como esse, mas deixa para lá, talvez não tenham calculado esse troca-troca de picos.

O legal é que desde o round dos 24 Miguelito vinha mostrando que estava lá para vencer novamente, como fez em Trestles. Marcou 19.14 contra Nat Young nas quartas, só para dar uma idéia do ritmo que estava impondo aos seus oponentes. Vão dizer novamente que não tem para os brasileiros “nesse tipo de ondas”. Bom, então que façam eventos em picos com ondas melhores... depois conversem com Mineirinho. O mundo vai demorar um pouco a se acostumar com tantas vitórias do nosso time, ou vão tentar mudar as regras para atrapalhar o caminho dos brasileiros. Não importa, o que vale é que nosso time está, mais que nunca, dentro do jogo. Parabéns ao Miguel por mais uma excelente vitória.

O’NEILL COLD WATER CLASSIC - RESULTADO FINAL
1 – Miguel Pupo (BRA) 18.93

2 – Tiago Pires (PRT) 11.20

SEMIFINAIS:
SF 1: Miguel Pupo (BRA) 15.33 DEF. Willian Cardoso (BRA) 8.80
SF 2: Tiago Pires (PRT) 12.33 def. Jordy Smith (ZAF) 10.43

QUARTAS DE FINAL:
QF 1: Willian Cardoso (BRA) 14.00 def. Dusty Payne (HAW) 11.00
QF 2: Miguel Pupo (BRA) 19.14 def. Nat Young (USA) 13.16
QF 3: Tiago Pires (PRT) 9.56 def. Nic Muscroft (AUS) 7.93
QF 4: Jordy Smith (ZAF) 14.67 def. Josh Kerr (AUS) 12.33

ROUND DOS 12:
Heat 1: Dusty Payne (HAW) 10.43 def. Nathan Yeomans (USA) 10.00
Heat 2: Miguel Pupo (BRA) 15.00 def. Raoni Monteiro (BRA) 6.17
Heat 3: Tiago Pires (PRT) 11.50 def. Adam Melling (AUS) 6.24
Heat 4: Jordy Smith (ZAF) 14.33 def. Tom Whitaker (AUS) 5.90