A China sempre foi um ponto a ser conquistador por nossa equipe! Desde que começamos a busca pelas "pororocas” do mundo, a onda de maré conhecida localmente por “Black Dragon”, mantinha ou ainda mantém um status proibido.
Entrar no rio Quintang para surfar essa onda é sinal de perigo. As autoridades locais pegam pesado com quem adentra sem autorização o rio que banha uma das mais bonitas cidades da China, Hangzhou.
Depois de três anos estudando e fazendo contatos para entrar em mais uma aventura, conseguimos chegar aqui e ser tratados como reis. Alguns apostam no sucesso de nossa expedição. Várias exigências foram feitas para que nossa equipe pudesse começar mais um trabalho inédito.
Seguro de vida, equipamentos de segurança e um termo “pesado” de responsabilidade mostram a preocupação do governo local em se isentar de qualquer situação dramática.
Temos consciência de que esta é uma atividade de risco em que estamos envolvidos com uma força muito forte da natureza, mas com respeito, conhecimento e planejamento estamos confiantes de estar levando para o mundo imagens de tirar o fôlego em plena época de Jogos Olímpicos.
Por falar nisso, o clima de olimpíadas por aqui é total. Desde a chegada no aeroporto com os mascotes recepcionando todos no saguão do aeroporto de Beijing, até nas campanhas publicitárias e placas pelo país todo.
A adrenalina antes da viagem foi intensa e contínua. Desde a burocracia de tirar o visto, até organizar todos os detalhes da viagem, perguntávamos se isso realmente estava acontecendo. Todos os bore riders do mundo têm esse desejo e curiosidade, envolvendo a onda de maré mais restrita do mundo.
Viagem - Consegui reunir cinco integrantes da equipe Surfando na Selva para encarar essa expedição. Os melhores e mais experientes pilotos e meus parceiros que sempre me acompanham nessas aventuras mundo afora.
O amapaense Márcio Pinheiro e o maranhense Glauco Vaz representam a pilotagem das duas melhores pororocas do mundo. O paulista Jorge Pacelli, surfista de ondas gigantes, também compõe o quadro com sua experiência em jetskis, resgate e ondas extremas.
Ele irá surfar comigo para que as lentes do também paulista Likoska, possa captar todos os momentos no outro lado do mundo.
Ao reunir todos, cada um de um canto do Brasil, no Aeroporto Internacional de Guarulhos a apreensão foi tomada pela alegria recheada de muitas risadas. Começava ali uma viagem longa, que devido ao fuso horário rompemos a barreira do tempo de avançamos um dia do nosso calendário normal. No total somamos dois dias de viagem, em um avião cheio de chineses e brasileiros.
Primeiro dia - Ao chegarmos em Beijing, a sensação de conforto e repressão estava nos deixando agoniados para deixar o ambiente hostil do maior aeroporto do mundo.
Com as Olimpíadas, a segurança estava demais e qualquer movimento suspeito seria uma complicação, uma vez que quase ninguém fala inglês. Nos encontramos com a Mrs. Xia, secretária do Mr. Wei Xing, representante do Centro Administrativo de Esportes Aquáticos da China.
Enquanto a senhora apresentava certa antipatia com a nossa equipe, o simpático chinês, chefe da nossa intérprete, seria nossa salvação no outro lado do continente. Mr Wei, esteve no Brasil há pouco tempo e conheceu Curitiba, Matinhos, Foz do Iguaçu, São Paulo e Rio de Janeiro. Uma viagem rápida em terra brasilis somente para uma visita oficial e trocar informações sobre nossa expedição.
Bom, mas de volta aos primeiros acontecimentos da China, vale a pena lembrar que muitas vezes achávamos que os chineses gostavam de briga. Sempre que começavam uma conversa, eles iniciavam uma amigável discussão! Sem brigas por favor! Essa era sempre nossa frase... (risos)
Do aeroporto de Beijing para Hangzhou - Na cidade da pororoca chinesa fomos para o nosso hotel. A principio achávamos que ficaríamos num hotel fraco, mas ao se deparar com os quartos, mudamos nosso conceito.
Cada um no seu canto, num quarto com TV de plasma, cama de casal super confortável, banheiro de primeira, ar condicionado e computador ligado 24 horas na internet. Inacreditável! Excelente, tudo que precisávamos.
Descansamos pouco até o primeiro contato com as autoridades locais. Queríamos filmar tudo, mas nem sempre era possível. A polícia e algumas pessoas nos vetavam de registrar momentos únicos da viagem. País comunista não é fácil! Ao atravessar a rua entramos num super prédio para jantar. A pergunta principal era se nós iríamos comer cachorro! (risos)
Não vimos nenhum cachorro perdido na rua e muito menos passeando com seu dono! Falavam que na China eles comiam tudo que tinha quatro pernas, exceto cadeiras e mesas. Pensa que é mentira? Está muito enganado.
Com dois andares nosso primeiro contato com um restaurante chinês mostrava 200 salas onde aproximadamente 2.000 pessoas poderiam se alimentar, escolhendo seu prato antes de se dirigir a uma sala exclusiva.
Pois é, tudo que iríamos comer estava vivo no hall de entrada! Peixes, crustáceos, sapos e outros animais do mar e da terra. Caracas, deu uma aflição em saber que tão logo aquele bichinho iria acabar em nossos pratos. Aflição total, até quando os pratos começaram a serem servidos numa mesa redonda giratória.
Alimentação - No primeiro jantar a expectativa era grande. E nada foi tão diferente! Uma das coisas mais exóticas para comer foi língua de pato, fundo de madeira, vegetais à moda chinesa e algumas coisas que pareciam insetos fritos. O melhor prato foi o arroz e o vinho amarelo, próprio da região.
Ao brindar todos falavam "campain", não sei se escreve assim, mas quando essa palavra era soada, tínhamos que brindar com o dono da casa e virar o copo numa vez só. Caso contrário seria uma desfeita. Não sei quantos "campain" fizemos, mas em certa hora já estávamos suando!
Uma experiência muito válida que estávamos tendo sem custo algum, tudo patrocinado pelo governo chinês. A sobremesa era uma incógnita! Rumores de gafanhotos fritos (risos), mas era tudo uma brincadeira. Frutas mais chá faziam o trabalho de limpeza e uma melhor digestão. Mas o gosto estranho na boca ainda perdurava.
Já o café da manhã parecia ser nossa salvação! Tudo indicava que após a primeira noite mal dormida pela ansiedade, teríamos aquele café. Mas pelo contrário, aquilo parecia um almoço ou jantar! Batata doce, batata sotê, macarrão frito, sopas, legumes, arroz e alguns pães com frutas. Que loucura! Estou achando que vamos emagrecer um pouco!
A equipe Surfando na Selva usa equipamentos Ogio, Goofy, Okdok, Mormaii, Pacelli Models e DartBag, além de contar com apoio do deputado federal de São Paulo William Woo, Academia Gustavo Borges e Blood Stream.
Entrar no rio Quintang para surfar essa onda é sinal de perigo. As autoridades locais pegam pesado com quem adentra sem autorização o rio que banha uma das mais bonitas cidades da China, Hangzhou.
Depois de três anos estudando e fazendo contatos para entrar em mais uma aventura, conseguimos chegar aqui e ser tratados como reis. Alguns apostam no sucesso de nossa expedição. Várias exigências foram feitas para que nossa equipe pudesse começar mais um trabalho inédito.
Seguro de vida, equipamentos de segurança e um termo “pesado” de responsabilidade mostram a preocupação do governo local em se isentar de qualquer situação dramática.
Temos consciência de que esta é uma atividade de risco em que estamos envolvidos com uma força muito forte da natureza, mas com respeito, conhecimento e planejamento estamos confiantes de estar levando para o mundo imagens de tirar o fôlego em plena época de Jogos Olímpicos.
Por falar nisso, o clima de olimpíadas por aqui é total. Desde a chegada no aeroporto com os mascotes recepcionando todos no saguão do aeroporto de Beijing, até nas campanhas publicitárias e placas pelo país todo.
A adrenalina antes da viagem foi intensa e contínua. Desde a burocracia de tirar o visto, até organizar todos os detalhes da viagem, perguntávamos se isso realmente estava acontecendo. Todos os bore riders do mundo têm esse desejo e curiosidade, envolvendo a onda de maré mais restrita do mundo.
Viagem - Consegui reunir cinco integrantes da equipe Surfando na Selva para encarar essa expedição. Os melhores e mais experientes pilotos e meus parceiros que sempre me acompanham nessas aventuras mundo afora.
O amapaense Márcio Pinheiro e o maranhense Glauco Vaz representam a pilotagem das duas melhores pororocas do mundo. O paulista Jorge Pacelli, surfista de ondas gigantes, também compõe o quadro com sua experiência em jetskis, resgate e ondas extremas.
Ele irá surfar comigo para que as lentes do também paulista Likoska, possa captar todos os momentos no outro lado do mundo.
Ao reunir todos, cada um de um canto do Brasil, no Aeroporto Internacional de Guarulhos a apreensão foi tomada pela alegria recheada de muitas risadas. Começava ali uma viagem longa, que devido ao fuso horário rompemos a barreira do tempo de avançamos um dia do nosso calendário normal. No total somamos dois dias de viagem, em um avião cheio de chineses e brasileiros.
Primeiro dia - Ao chegarmos em Beijing, a sensação de conforto e repressão estava nos deixando agoniados para deixar o ambiente hostil do maior aeroporto do mundo.
Com as Olimpíadas, a segurança estava demais e qualquer movimento suspeito seria uma complicação, uma vez que quase ninguém fala inglês. Nos encontramos com a Mrs. Xia, secretária do Mr. Wei Xing, representante do Centro Administrativo de Esportes Aquáticos da China.
Enquanto a senhora apresentava certa antipatia com a nossa equipe, o simpático chinês, chefe da nossa intérprete, seria nossa salvação no outro lado do continente. Mr Wei, esteve no Brasil há pouco tempo e conheceu Curitiba, Matinhos, Foz do Iguaçu, São Paulo e Rio de Janeiro. Uma viagem rápida em terra brasilis somente para uma visita oficial e trocar informações sobre nossa expedição.
Bom, mas de volta aos primeiros acontecimentos da China, vale a pena lembrar que muitas vezes achávamos que os chineses gostavam de briga. Sempre que começavam uma conversa, eles iniciavam uma amigável discussão! Sem brigas por favor! Essa era sempre nossa frase... (risos)
Do aeroporto de Beijing para Hangzhou - Na cidade da pororoca chinesa fomos para o nosso hotel. A principio achávamos que ficaríamos num hotel fraco, mas ao se deparar com os quartos, mudamos nosso conceito.
Cada um no seu canto, num quarto com TV de plasma, cama de casal super confortável, banheiro de primeira, ar condicionado e computador ligado 24 horas na internet. Inacreditável! Excelente, tudo que precisávamos.
Descansamos pouco até o primeiro contato com as autoridades locais. Queríamos filmar tudo, mas nem sempre era possível. A polícia e algumas pessoas nos vetavam de registrar momentos únicos da viagem. País comunista não é fácil! Ao atravessar a rua entramos num super prédio para jantar. A pergunta principal era se nós iríamos comer cachorro! (risos)
Não vimos nenhum cachorro perdido na rua e muito menos passeando com seu dono! Falavam que na China eles comiam tudo que tinha quatro pernas, exceto cadeiras e mesas. Pensa que é mentira? Está muito enganado.
Com dois andares nosso primeiro contato com um restaurante chinês mostrava 200 salas onde aproximadamente 2.000 pessoas poderiam se alimentar, escolhendo seu prato antes de se dirigir a uma sala exclusiva.
Pois é, tudo que iríamos comer estava vivo no hall de entrada! Peixes, crustáceos, sapos e outros animais do mar e da terra. Caracas, deu uma aflição em saber que tão logo aquele bichinho iria acabar em nossos pratos. Aflição total, até quando os pratos começaram a serem servidos numa mesa redonda giratória.
Alimentação - No primeiro jantar a expectativa era grande. E nada foi tão diferente! Uma das coisas mais exóticas para comer foi língua de pato, fundo de madeira, vegetais à moda chinesa e algumas coisas que pareciam insetos fritos. O melhor prato foi o arroz e o vinho amarelo, próprio da região.
Ao brindar todos falavam "campain", não sei se escreve assim, mas quando essa palavra era soada, tínhamos que brindar com o dono da casa e virar o copo numa vez só. Caso contrário seria uma desfeita. Não sei quantos "campain" fizemos, mas em certa hora já estávamos suando!
Uma experiência muito válida que estávamos tendo sem custo algum, tudo patrocinado pelo governo chinês. A sobremesa era uma incógnita! Rumores de gafanhotos fritos (risos), mas era tudo uma brincadeira. Frutas mais chá faziam o trabalho de limpeza e uma melhor digestão. Mas o gosto estranho na boca ainda perdurava.
Já o café da manhã parecia ser nossa salvação! Tudo indicava que após a primeira noite mal dormida pela ansiedade, teríamos aquele café. Mas pelo contrário, aquilo parecia um almoço ou jantar! Batata doce, batata sotê, macarrão frito, sopas, legumes, arroz e alguns pães com frutas. Que loucura! Estou achando que vamos emagrecer um pouco!
A equipe Surfando na Selva usa equipamentos Ogio, Goofy, Okdok, Mormaii, Pacelli Models e DartBag, além de contar com apoio do deputado federal de São Paulo William Woo, Academia Gustavo Borges e Blood Stream.