segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Nathan Webster vence o SuperSurf ASP Masters

Fonte: ASP South America / Por: João Carvalho – Assessoria de Imprensa do SuperSurf ASP World Masters Championship

O australiano Nathan Webster, 37 anos, frustrou a torcida brasileira no último duelo do SuperSurf ASP World Masters Championship no Rio de Janeiro. Longas calmarias marcaram as fases decisivas no domingo, com poucas ondas sendo surfadas pelos finalistas. O paraibano Fabio Gouveia, 41, só conseguiu surfar duas ondas na bateria final e terminou como vice-campeão Masters, categoria dos surfistas com 36 a 49 anos de idade.

O paranaense Peterson Rosa, 36, e o cabo-friense Victor Ribas, 39, dividiram o terceiro lugar no pódio. Já na Grand Masters, o cinqüentão que festejou o título mundial no Rio de Janeiro foi Iain Buchanan, que completou 50 anos de idade em março e estava estreando na categoria. Na final, derrotou um bicampeão mundial Grand Masters, o australiano Wayne Bartholomew, 56 anos.

Apesar da maioria brasileira entre os classificados da Masters para o domingo, seis contra dois estrangeiros, Nathan Webster encaixou o seu surfe nas direitas do Arpoador. Foi nelas que ele despachou o americano Shea Lopez em sua primeira participação no domingo, acabou com a invencibilidade de Victor Ribas na semifinal e faturou o prêmio máximo de 25.000 dólares oferecido para os campeões mundiais do SuperSurf ASP Masters.

“Estou muito honrado de poder ganhar um evento com tantas lendas, foi uma semana incrível de convivência com eles todos e chegar no topo é uma sensação indescritível”, falou Nathan Webster. “Quando eu recebi o convite para vir pra cá participar do evento eu não conseguia acreditar, queria muito voltar ao Brasil, fazer o meu melhor, tentar vencer e foi como um sonho que se tornou realidade. É a primeira vez que eu participo da categoria Masters e já começar com uma vitória é como se eu estivesse iniciando uma nova carreira, pois com 37 anos ainda sou um novato (risos)”.

Webster se posicionou para pegar as direitas e se deu bem, consolidando-se na liderança desde a sua primeira onda, nota 7. Gouveia escolheu ficar mais próximo da pedra do Arpoador e só surfou uma onda boa, nota 6,25. Depois, esperou, esperou e nada de ondas mais para ele. Já o australiano ainda achou duas direitas para sacramentar a vitória por 14,50 x 10,75, com a nota 7,5 da sua terceira e última onda surfada na bateria, contra apenas duas do brasileiro.

“Fiquei observando o mar e na final da Grand Masters entrou uma esquerda aqui no canto que eu não vi durante toda a semana. Como o meu forte estava no backside (surfando de costas para as ondas), decidi ficar ali”, contou Fabinho. “Eu não teria outra chance de ganhar dele se não fosse assim, porque o frontside dele nas direitas estava muito forte e o meu não, então minha salvação era ficar ali, só que não veio onda nenhuma, infelizmente”.

Mesmo ficando tão próximo de um título mundial inédito na sua brilhante carreira e também para o Brasil, Gouveia ficou feliz com o seu desempenho no SuperSurf ASP World Masters. “Pena que tivemos uma semana fraca de ondas aqui no Arpoador. Eu não comecei bem o evento, vim melhorando depois e chegar na final foi melhor do que a minha expectativa. A gente sempre quer o título, mas essa semana com essa galera toda já valeu para mim, foi alucinante, uma festa dentro do surfe, pois não é comum reunir tanta história num só lugar como foi aqui. Eu queria a vitória, mas no geral saio feliz com o vice também”, falou Gouveia, que recebeu 10.000 dólares de prêmio pelo segundo lugar.

Na Grand Masters, o grande favorito era o australiano Wayne Bartholomew, que conquistou o bicampeonato mundial em 2003 no Havaí sem perder nenhuma bateria em Makaha Beach. Na Praia do Arpoador, só não tinha vencido na sua estreia no SuperSurf ASP Masters e tentou tudo para faturar o tri no Brasil, mas faltou onda para isso. Iain Buchanan, da Nova Zelândia, participou da categoria Masters até 2003 e surpreendeu no último dia quando derrotou o campeão mundial de 1977, Shaun Tomson, da África do Sul. Depois despachou Glen Winton, que dividiu o terceiro lugar com o também australiano Simon Anderson, inventor das três quilhas nas pranchas que são utilizadas até hoje.

Na decisão do título, os dois começaram com ondas parecidas. A do neozelandês valeu nota 4,75 e a do australiano que por muitos anos foi presidente da ASP saiu nota 4,25. Iain Buchanan surfou outra onda nota 4,00 e foi só. Wayne ainda tentou a virada várias vezes, mas apenas na última chegou perto disso, com a nota 4,10 não sendo suficiente para a virada no placar encerrado por uma pequena diferença de 8,75 x 8,35 pontos. O campeão era o mais jovem dos competidores com 50 anos ou mais de idade e festejou bastante a conquista do título em sua estreia na categoria.

“É muito especial, porque todos os caras são grandes lendas do esporte, somos todos amigos, cresci com essa galera viajando pelo mundo e só de estar aqui no Rio com todos eles já tinha sido demais para mim”, falou Iain Buchanan, que levou o prêmio máximo de 25.000 dólares na Grand Masters. “Eu não vinha aqui para o Rio desde 1984, a cidade é fantástica, nos divertimos bastante , conhecemos muita coisa e foi muita felicidade durante toda essa semana. Fazia 8 anos que este evento não era realizado e ele é demais, único, todo mundo quebrando as ondas e eu não esperava ser campeão, mas as coisas foram acontecendo, fui passando as baterias e quando vi estava na final. Foi demais”.

O australiano Wayne Bartholomew queria muito o tricampeonato e lamentou a falta de ondas. “Foi desapontador, ficou flat (sem ondas) a maior parte da bateria, mas isso acontece. Mesmo assim, foi muito bom estar aqui e mostrar que ainda posso ser competitivo, conseguir surfar neste nível é algo que me dá orgulho, me mantém sempre olhando pra frente, apesar da idade. É muito importante para o nosso esporte a existência do Mundial Masters e fiquei feliz pela iniciativa do Brasil em resgatar a competição. Certamente no ano que vem estaremos todos aqui novamente”.

Com o patrocínio da Peugeot e co-patrocínio da Pioneer e Hang Ten, o SuperSurf ASP World Masters Championship vai distribuir um prêmio recorde de 220 mil dólares no evento que também conta com o apoio do Governo do Estado do Rio de Janeiro e Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro. A Abril Midia adquiriu os direitos de realização do Mundial Masters da ASP por três anos no Brasil. Veja tudo do evento no www.supersurf.com.br

GRANDE FINAL DA CATEGORIA MASTERS – 36 a 49 anos:
Campeão: Nathan Webster (AUS) com 14,50 pontos - US$ 25.000
Vice-campeão: Fábio Gouveia (BRA) com 10,75 pontos - US$ 10.000

SEMIFINAIS MASTERS – 3.o lugar – US$ 6.500:
1.a: Nathan Webster (AUS) 13.50 x 12.40 Victor Ribas (BRA)
2.a: Fabio Gouveia (BRA) 12.00 x 7.15 Peterson Rosa (BRA)

QUARTAS DE FINAL MASTERS – 5.o lugar – US$ 5.000:
1.a: Nathan Webster (AUS) 10.90 x 5.50 Shea Lopez (EUA)
2.a: Victor Ribas (BRA) 12.35 x 12.00 Fabio Silva (BRA)
3.a: Fabio Gouveia (BRA) 13.75 x 9.30 Renan Rocha (BRA)
4.a: Peterson Rosa (BRA) 11.25 x 10.70 Guilherme Herdy (BRA)

FINAL DA CATEGORIA GRAND MASTERS – 50 anos ou mais:
Campeão: Iain Buchanan (NZL) com 8,75 pontos - US$ 25.000
Vice-campeão: Wayne Bartholomew (AUS) com 8,35 pontos - US$ 10.000

SEMIFINAIS GRAND MASTERS – 3.o lugar – US$ 6.500:
1.a: Iain Buchanan (NZL) 11.80 x 10.00 Glen Winton (AUS)
2.a: Wayne Bartholomew (AUS) 9.50 x 6.60 Simon Anderson (AUS)

QUARTAS DE FINAL GRAND MASTERS – 5.o lugar – US$ 5.000:
1.a: Glen Winton (AUS) 13.25 x 5.40 Cheyne Horan (AUS)
2.a: Iain Buchanan (NZL) 9.05 x 8.60 Shaun Tomson (AFR)
3.a: Wayne Bartholomew (AUS) 12.50 x 9.10 Terry Richardson (AUS)
4.a: Simon Anderson (AUS) 12.40 x 8.90 Michael Ho (HAV)

0 comentários: