
Brasil avança todos no Mundial Júnior no Equador, mas cinco faltam estrear
Maior destaque brazuca Ian Gouveia fez na Júnior melhor nota do dia de boas esquerdas em La FAE, Salinas, Equador
Após quarenta e oito baterias na abertura do Quiksilver ISA World Junior Surfing Championships, VII Mundial Júnior de Surf da International Surfing Association (ISA), em playa La FAE, Salinas, Equador, sete dos doze brasileiros já competiram e todos avançaram, entre eles Ian Gouveia , Júnior com direito a recorde de nota ( 9,17 pontos) e terceira melhor média (15,50) esta lhe garantindo vitória na décima segunda após Filipe Braz vencer a número quatro e na vigésima quarta Thiago Guimarães se classificar em segundo atrás do venezuelano Johan Aguiar .
Miguel Pupo, será o último entre os garotos a competir, ele abre a continuação da categoria Sub-18 de trinta e duas baterias, e enfrenta na vigésima quinta ao chileno Diego Enrique, e a Johnatan Zambrano, do Equador, onde o brasileiro filho do “ Vala”, apelido do pai Wagner Pupo, chegou vindo da Austrália.
Na Under16 (Mirim ou Sub-16 no Brasil), aconteceu a participação e vitória inaugural do selecionado canarinho de surf através de Gabriel Medina, e foi logo na primeira bateria da categoria ao enfrentar o japonês Arashi Kato e ao venezuelano Félix Vargas.
Exclusivo dos Mirins no domingo, o palanque dois teve em frente todas suas vinte e quatro baterias, Caio Ibelli, na número quatro, venceu à dupla nipo-venezuelana, Ginji Ishida e Rainel Bravo, para depois estrear Jessé Mendes, campeão brasileiro mirim, que superou ao japonês Kanato Ohmori e ao irlandês Jordan Heaselgrave na vigésima primeira, enquanto três baterias depois Mateus Navarro garantia segundo na vitória de Hiroto Arai, do Japão, com ambos mandando a repescagem Derek Gomes, da Venezuela, e o porto-riquenho Brian Laide.
Cinco, quatro garotas, na segunda-feiraSe entre os garotos apenas Pupo não competiu, entre as meninas da Júnior Feminina, nenhuma ainda estreou, mas as baterias também estão definidas para o quarteto brazuca composto pela dupla carioca Bárbarar Rizzeto, novidade entre elas, e Isabella Lima, a mais nova entre todos, pela catarinense Bárbara Muller, e por Kaena Brandi, de São Paulo e escalada já na primeira bateria da categoria, na qual enfrenta Minato Takahashi, do Japão, e Adriana Gamero, da Venezuela, paises respectivamente de Nao Omura e Rossany Alvarez, adversárias de Isabella Lima, no quarto confronto.
Na segunda metade das vinte quatro baterias estarão as duas Bárbara da equipe, a catarinense Muller, enfrenta na vigésima primeira Minami Takechi, do Japão, e Ametza Nicholls, de Barbados, já na última disputa da abertura Bárbara Rizzeto busca superar à japonesa Asako Mizuno e Domic Barona, surfista equatoriana.Vitórias fazem diferença
Manter-se entre os dois primeiros em cada confronto, e principalmente os vencer, é primordial para garantir o título por seleções desde que o formato passou a ser adotado em 2004, ano seguinte ao Brasil faturar a primeira edição, na África do Sul, onde a definição foi através de baterias de revezamento, modelo que cedeu lugar ao atual em que a Austrália, tetracampeã, só não venceu a seguir na edição 2005, faturada pelo Havaí, que correndo com sua própria bandeira venceu justamente em praia continental do país do qual é estado integrado, os Estados Unidos da América.
O técnico brasileiro no Equador é o da seleção catarinense, Otoney Xavier, tendo como auxiliar Elizandro Lima. Juca de Barros, presidente da Confederação Brasileira de Surf (CBS), chefia à delegação no VII Mundial Júnior, tendo o grupo apoio da Bad Boy, movieaction.com.br, Viannatour, Surf Training e apoio institucional do Ministério do Esporte e do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
Maior nota
Apenas os 17,73 de Dimitri Ouvre, da França, e os 16,50 de Garret Parkes, da Austrália, superam a média (duas melhores notas) 15, 50 de Ian Gouveia, que em notas foi autor da maior delas e maior destaque individual brasileiro na busca tanto do troféu de campeão Sub 18 quanto por equipe da ISA, o mesmo que seu pai, Fábio Gouveia, campeão Open (Sem limite de idade) no World Tittle of Surfing Amateur (o então único Mundial Amador da ISA) em Porto Rico 1988, conquistou de forma inédita para o Brasil quinze temporadas antes da Júnior ganhar, em 2003, seu próprio Mundial, e de vinte e um anos depois poder acompanhar um dos filhos buscar ao título de melhor surfista até dezoito anos do mundo, a chamada categoria Júnior, hoje considerada a mais importante rumo ao profissionalismo.
"Eu realmente estou muito feliz de estar no Equador, tem boas esquerdas (direção da arrebentação da onda em relação ao surfista remando nela), estou gostando muito" respondeu Ian em inglês, para na pergunta seguinte completar em bom português "Eu radicalizei bastante, estou amarradão" disse o sempre sorridente Ian, de apenas dezesseis anos completados em outubro passado e que chega no torneio na condição de líder do Brasileiro e de primeiro a se classificar por pontos entre os dois que conquistaram a vaga ao Mundial na junção do ranking deste ano com o de 2008, quando ainda Mirim foi quarto na categoria Júnior em que é líder nacional.
Já Filipe Braz garantiu no desempate à primeira vitória brazuca na Under-18 ao optar na quinta bateria por escolher ondas que embora menores eram mais cavadas e permitiram melhores manobras, "as maiores estavam muito gordas" afirmou ele, que a exemplo de Ian participa pela segunda vez em torneio da ISA, ambos em categorias diferentes.
Braz se destacou entre brasileiros na Open do ISA Games 2008 em Portugal, Ian, classificado precocemente na Júnior, competiu remanejado para a Mirim do Mundial Júnior na França, o mesmo torneio que neste domingo estreou agora integrando quarteto Sub-18 nas boas ondas do Equador.