quarta-feira, 15 de abril de 2009

Rip Curl Pro Bells Beach reinicia com ótimas ondas

Fonte: ASP South America / Por: João Carvalho - Assessoria de Imprensa da ASP South America

As ondas finalmente subiram para a estréia dos cabeças-de-chave do Rip Curl Pro Bells Beach, que vinha sendo adiada desde quarta-feira da semana passada na Austrália. A terça-feira de ótimas direitas com 4-6 pés de altura apresentou resultados surpreendentes, como as derrotas dos finalistas de 2008 em Bells Beach, Kelly Slater e Bede Durbidge, para os convidados do evento. Os brasileiros Adriano de Souza e Jihad Khodr também perderam e terminaram igualmente em 17.o lugar no segundo desafio do ASP World Tour 2009.

Eles competiram logo depois dos convidados do Rip Curl Pro Bells Beach despacharem os cabeças-de-chave número 1 e 2 do campeonato. Kelly Slater foi batido por Owen Wright, 19 anos, repetindo o 17.o lugar da Gold Coast ao perder logo em sua primeira defesa do título em Bells Beach. Em seguida, Adam Robertson tirou o vice-campeão mundial Bede Durbidge.

“Estou muito feliz, parece inacreditável”, vibrou Owen Wright (foto). “Foi uma longa semana de espera para surfar com o Kelly. Estava ansioso aguardando este momento, pois pode ter sido uma oportunidade única para mim. Procurei fazer o meu jogo e ficar o mais focado possível na bateria. Foi o que fiz, peguei as ondas da série, surfei bem e no final não veio mais onda para ele”, contou o australiano, que vive um bom início de temporada.

Ele já venceu três etapas da categoria Pro Junior na Austrália e ocupa a oitava posição no WQS, que garante os quinze primeiros no ASP World Tour do ano que vem. Contra o nove vezes campeão mundial, ficou evidente o potencial de Owen Wright com o explosivo ataque de backside (surfando de costas para a onda) nas direitas de Bells Beach. Ao contrário da Gold Coast, quando experimentou uma prancha com quatro quilhas, Slater competiu com uma triquilha normal e quase virou o resultado, porém não saiu do tubo que poderia lhe dar a vitória.

“Foi uma reprise de uma bateria que tive contra o Sunny Garcia em 2000”, relembra Slater. “Eu precisava sair daquele segundo tubo para passar a bateria e falhei também. Depois o Sunny venceu o evento e o título mundial. Eu não vi muitas ondas do Owen, mas numa ele deu uma batida muito forte na minha frente. Vou ver o vídeo mais tarde”, disse Kelly, que amargou seu segundo 17.o lugar nas duas provas australianas que ele venceu no ano passado. “A magia não esteve presente ainda este ano, mas estamos só no início de temporada e ainda há um longo caminho pela frente”.

A despedida do Brasil começou com o paranaense Jihad Khodr, que entrou no mar logo após as eliminações de Slater e de Bede Durbidge. Foi a última bateria realizada em Bells Beach, porque a maré mais cheia já prejudicava a formação das ondas. O australiano Tom Whitaker começou bem com uma nota 7,17 que acabou decidindo a vitória por 12,57 a 9,67 pontos. Jihad ficou em 17.o lugar no Rip Curl Pro, empatado com Slater, Durbidge e Adriano de Souza.

MUDANÇA PARA WINKIPOP - Já havia sido anunciada a mudança para Winkipop, uma praia que é uma extensão de Bells Beach e apresenta melhores condições na maré cheia. E a transferência aconteceu bem na hora da estréia do paulista Adriano de Souza, que enfrentou Drew Courtney no primeiro confronto em Winkipop. Mas, rolaram apenas duas baterias na nova locação, pois logo entrou um vento maral muito forte que acabou com as ondas e forçou a paralisação. As quatro últimas baterias da segunda fase ficaram para abrir o próximo dia.

O brasileiro demorou para surfar sua primeira onda e até começou bem com uma nota 7. No entanto, na mesma série, o australiano vem na de trás que é muito melhor e arranca um 9 dos juízes manobrando forte numa ótima direita. Passam-se mais 10 minutos para Adriano pegar outra boa e virar o placar com a nota 7,67 que recebeu. Porém, 2 minutos depois Drew Courtney surfa parecido e tira um 7,07 para abrir 8,41 pontos de vantagem.

O máximo que Adriano de Souza consegue é uma nota 7,93 há 5 minutos do fim da bateria e mais um cabeça-de-chave do Rip Curl Pro perdeu na estréia no novo formato que aboliu a repescagem. Com a derrota, Mineirinho deve perder a vice-liderança do ranking, mas vai chegar na terceira etapa ainda bem colocado no ASP Tour 2009. No ano passado, ele foi até as quartas-de-final nos temidos tubos de Teahupoo, perdendo apenas para o campeão do Billabong Pro, o niteroiense Bruno Santos, que vai reforçar o trio brasileiro no Tahiti.

RIP CURL PRO BELLS BEACH – SEGUNDA FASE:
1.a: C. J. Hobgood (EUA) <-16.00 x 11.00 Mick Campbell (AUS) 2.a: Chris Ward (EUA) 10.67 x 16.93-> Taylor Knox (EUA)
3.a: Kai Otton (AUS) <-12.67 x 12.50 Dayyan Neve (AUS) 4.a: Joel Parkinson (AUS) <-16.76 x 11.66 Michel Bourez (TAH) 5.a: Mick Fanning (AUS) <-17.16 x 15.27 Tiago Pires (PRT) 6.a: Bobby Martinez (EUA) <-16.40 x 12.50 Tim Boal (FRA) 7.a: Damien Hobgood (EUA) 12.17 x 13.00-> Jordy Smith (AFR)
8.a: Kelly Slater (EUA) 13.83 x 14.67-> Owen Wright (AUS)
9.a: Bede Durbidge (AUS) 15.84 x 16.10-> Adam Robertson (AUS)
10: Tom Whitaker (AUS) <-12.57 x 9.67 Jihad Khodr (BRA) ---------------competição transferida para Winkipop: 11: Adriano de Souza (BRA) 15.60 x 16.07-> Drew Courtney (AUS)
12: Jeremy Flores (FRA) 13.47 x 15.60-> Kekoa Bacalso (HAW)
---------------baterias que ficaram para abrir o próximo dia:
13: Taj Burrow (AUS) x Jay Thompson (AUS)
14: Tim Reyes (EUA) x Kieren Perrow (AUS)
15: Adrian Buchan (AUS) x Dean Morrison (AUS)
16: Fredrick Patacchia (HAW) x David Weare (AFR)

OITAVAS-DE-FINAL DO RIP CURL PRO BELLS BEACH:
1.a: C. J. Hobgood (EUA) x Taylor Knox (EUA)
2.a: Joel Parkinson (AUS) x Kai Otton (AUS)
3.a: Mick Fanning (AUS) x Bobby Martinez (EUA)
4.a: Jordy Smith (AFR) x Owen Wright (AUS)
5.a: Tom Whitaker (AUS) x Adam Robertson (AUS)
6.a: Drew Courtney (AUS) x Kekoa Bacalso (HAW)

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