sábado, 20 de fevereiro de 2010

Apenas quatro brasileiras disputam Seis estrelas de Margareth River, Austrália

Fonte: Surf Guru / Por: Chico Padilha

A primeira na lista de quatro representantes brazucas no principal evento australiano do Mundial de Acesso (WQS) à elite mundial (World Tour).

Além de Bruna, a veterana Jacqueline Silva, de Santa Catarina, primeira brasileira a ser vice campeã em temporada do World Tour, a campeã brasileira Suellen Naraísa e Claúdia Gonçalves, ambas paulistas, completam à representação brasileira.

Suellen faz parte da equipe de uma marca nacional que é bastante forte no segmento surf, as demais são integrantes de marcas internacionais, o que desmistifica se achar que haveria por parte delas preconceito.

O número restrito de atletas brasileiras em eventos de acesso mundial parece refletir que a relação custo/benefício de atleta feminina para as empresas não é interessante no Brasil, um exemplo é que o país não terá esse ano sequer um evento do Qualifying Mundial, diminuindo assim o retorno que uma atleta contratada poderia dar.

Vale ressaltar no entanto que o Petrobras de Surf Feminino, válido como divisão de acesso, e o Brasil Surf Pro, são circuitos de muita visibilidade para quem as patrocinar, sem falar nas Seletivas Sul-americanas Pro-Júnior, onde as surfista com máximos vinte anos se enfrentam.

Quando o Brasil realizou nos anos 1970, suas pioneiras etapas do circuito mundial, então da International Professional Surfing (IPS), o Brasil já possuía nos eventos tanto ao masculino quanto ao Feminino, o que se repetiu enquanto o hoje World Tour, realizado pela Association of Surfing Professional (ASP), esteve no Rio de Janeiro, onde Andréa Lopes se tornou a nossa primeira campeã em uma etapa e também onde a pioneira Fernanda Guerra, décadas antes, deslizava nas ondas ao lado de outros e outras surfistas.

O Rio de Janeiro pelas suas características de “Surf-City” vem sendo ao longo dos anos o principal destino de surfistas migrantes do nordeste, a exemplo das cearenses Tita Tavares e Silvana Lima, a potiguar Alcione Silva e mais recentemente a paraibana Diana Cristina, a Tininha, a mais jovem do quarteto e campeã invicta Sul-americana Sub-20.

Parabéns à brasileira Nicoboco pelo investimento no surf feminino através da brasileiríssima Suellen Naraísa, e as demais marcas “gringas” por valorizarem essas meninas bronzeadas que sabem mostrar seu valor.

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