quarta-feira, 9 de março de 2011

Kelly Slater continua o seu reinado no ASP World Tour

Fonte: ASP South America / Por: João Carvalho- Assessoria de Imprensa da ASP South America

O dez vezes campeão mundial Kelly Slater colecionou sua 46.a vitória na carreira e continua o seu reinado no ASP World Tour. Na final, o maior ídolo do esporte bateu o defensor do título na Gold Coast, para conquistar o Quiksilver Pro pela quarta vez. A primeira foi em 1998 e as outras em 2006 e 2008. Poucas ondas boas entraram na bateria decisiva e Taj Burrow não conseguiu repetir as ótimas atuações em Snapper Rocks.

Na semifinal contra o sul-africano Jordy Smith, o australiano fez o maior placar da quarta-feira com notas 9,23 e 8,33 usando suas rabetadas como arma mortal. Já Kelly Slater foi liquidando seus adversários logo nas primeiras ondas que surfava nas baterias. Foi assim desde o primeiro duelo do dia, contra o havaiano Dusty Payne. Ele já começou com um tubo seguido de várias manobras, com a onda valendo nota 8,73.

A quarta-feira amanheceu ainda com boas ondas de 2-3 pés, sem a forte correnteza que atormentou os competidores no point break de direitas que sediou toda a primeira etapa do ASP World Title Race 2011 na Gold Coast. Mas, enquanto Jordy Smith disputava a última quarta de final com o brasileiro Alejo Muniz, conseguindo uma virada nos minutos finais da bateria, Kelly Slater se reuniu com os outros classificados e com o diretor de prova, com todos concordando em adiar as semifinais para as 13 horas, na maré mais seca.

FINAIS NA MELHOR MARÉ - A expectativa era de que nessa condição Snapper Rocks apresentasse mais tubos como nos dias anteriores. Mas, não foi isso que aconteceu. Uma bateria especial com campeões mundiais do passado como Martin Potter, Mark Occhilupo, Tom Carroll, antecedeu as fases decisivas do Quiksilver Pro. A praia já estava lotada, com gente em cima da bancada, no mar, todos querendo ficar bem próximo dos atletas.

Slater conversou um pouco com Martin Potter na área dos atletas antes de ir pro mar enfrentar seu companheiro de equipe, Tiago Pires. E logo abriu a bateria com um longo floater despencando do lip, emendando batidas, rasgadas, um layback jogando muita água e já começa com 8,67. Na segunda onda pega outra direita boa e desfila seu arsenal de manobras para praticamente liquidar a fatura com uma nota 8,10.

Curiosamente, depois dessas duas ondas o mar mudou, ficou mexido, a correnteza voltou junto com o vento forte e o português não teve como repetir as performances que o levaram até ali. Além de Slater, só Taj Burrow conseguiu pegar onda boa para mandar suas rabetadas e despachar o sul-africano Jordy Smith com 17,56 pontos.

MAR DIFICIL - Durante o intervalo para a final, o mar piorou, ficou muito raso e poucas séries encaixavam na bancada para abrir uma parede mais longa para as manobras. Kelly Slater novamente abre a bateria e dessa vez com um aéreo, depois foi variando rasgadas, batidas, achando até um tubinho para começar a final com nota 5.

A condição estava difícil e depois de várias ondas ruins surfadas pelos dois, Slater pega uma direita pequena, mas abrindo para ele aplicar uma sequência de manobras modernas que renderam 5,27 pontos. O vento apertou e complicou a situação de Taj Burrow, que não conseguia nem trocar um três da sua maior nota até ali.

Só quando faltavam 4 minutos para o término o australiano encontrou uma boa. Já mandou uma rabetada incrível de entrada mostrando as quilhas, um roundhouse cutback abrindo grande leque de água e uma batida forte no lip ainda no outside, continuando o seu ataque base-lip com velocidade até a o inside.

Burrow precisava de 7,27 pontos, mas dessa vez os juízes não deram a virada como no duelo de resultado polêmico contra Adriano de Souza na terça-feira. A nota saiu 7,17 e Kelly Slater comemorou mais uma vitória em cima do australiano, a 46.a da sua carreira de dez títulos mundiais. O número 1 do mundo não confirmou se vai correr todas as etapas da temporada, mas já largou na frente no ranking do ASP World Title Race 2011.

BRASILEIROS - O estreante na elite, Alejo Muniz, foi o melhor brasileiro no Quiksilver Pro Gold Coast. Ele só perdeu a vaga na semifinal no último minuto da bateria com Jordy Smith, que o catarinense liderou desde o início. Mesmo assim, começou com um excelente quinto lugar fazendo grandes apresentações em Snapper Rocks.

O paulista Adriano de Souza surfou um dos melhores tubos do Quiksilver Pro 2011 e a nota 9,67 recebida nessa onda foi recorde do campeonato. No entanto, ele acabou derrotado por Taj Burrow no duelo encerrado com os dois maiores placares do ano na Gold Coast, 19,06 x 18,94 pontos. Mineirinho ficou em nono lugar.

O potiguar Jadson André e o cearense Heitor Alves venceram só uma bateria em Snapper Rocks e dividiram o 13.o lugar na terceira fase, enquanto o carioca Raoni Monteiro não ganhou nenhuma e terminou em 25.o na classificação geral. O segundo desafio do ASP World Title Race 2011 é o Rip Curl Pro em Bells Beach nos dias 19 a 30 de abril em Victoria, no Sul da Austrália.

FINAL DO QUIKSILVER PRO GOLD COAST:
Campeão: Kelly Slater (EUA) com 11,20 pontos (notas 5,93 e 5,27) - US$ 75.000 e 10.000 pontos
Vice-campeão: Taj Burrow (AUS) com 10,17 (notas 7,17 e 3,00) - US$ 30.000 e 8.000 pontos

SEMIFINAIS – 3.o lugar - US$ 17.500 e 6.500 pontos:
1.a: Kelly Slater (EUA) 16.77 x 8.20 Tiago Pires (PRT)
2.a: Taj Burrow (AUS) 17.56 x 11.40 Jordy Smith (AFR)

QUARTAS DE FINAL - 5.o lugar - US$ 13.750 e 5.200 pontos:
1.a: Kelly Slater (EUA) 15.40 x 9.06 Dusty Payne (HAV)
2.a: Tiago Pires (PRT) 14.64 x 14.40 Matt Wilkinson (AUS)
3.a: Taj Burrow (AUS) 17.30 x 11.60 Brett Simpson (EUA)
4.a: Jordy Smith (AFR) 13.03 x 9.95 Alejo Muniz (BRA)

RANKING ASP WORLD TITLE RACE 2010 – 1.a etapa:
1.o: Kelly Slater (EUA) – 10.000 pontos
2.o: Taj Burrow (AUS) – 8.000
3.o: Jordy Smith (AFR) – 6.500
3.o: Tiago Pires (PRT) – 6.500
5.o: Brett Simpson (EUA) – 5.200
5.o: Matt Wilkinson (AUS) – 5.200
5.o: Dusty Payne (HAW) – 5.200
5.o: Alejo Muniz (BRA) – 5.200
9.o: Adrian Buchan (AUS) – 4.000
9.o: Adriano de Souza (BRA) – 4.000
9.o: Michel Bourez (TAH) – 4.000
9.o: Joel Parkinson (AUS) – 4.000
13: Mick Fanning (AUS) – 1.750
13: Owen Wright (AUS) – 1.750
13: Jadson André (BRA) – 1.750
13: Fredrick Patacchia (HAW) – 1.750
13: Adam Melling (AUS) – 1.750
13: Kai Otton (AUS) – 1.750
13: Daniel Ross (AUS) – 1.750
13: Heitor Alves (BRA) – 1.750
13: Josh Kerr (AUS) – 1.750
13: Julian Wilson (AUS) – 1.750
13: Cory Lopez (EUA) – 1.750
25: Raoni Monteiro (BRA) – 500

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