Cabo-firense vence primeira etapa no Arpoador. Bruno Santos termina em terceiro, Edgar Bischoff em segundo e Duda Carneiro em quarto.
A primeira etapa do Circuito Vivo de Surf Profissional, que terminou neste domingo (207) no palco mais tradicional do Rio de Janeiro, a Praia do Arpoador, coroou um grande campeão do surfe nacional. O cabo-friense Victor Ribas, ex-top da elite mundial, o WCT e dono do melhor resultado de um brasileiro na história (terceiro em 1999), sobrou nas boas ondas de quase um metro de altura e venceu a bateria final, deixando o paulista Edgar Bischoff na segunda posição. O niteroiense Bruno Santos, em terceiro, e o cearense Duda Carneiro completaram o pódio.
“É muito bom saber que ainda posso competir e ganhar dessa galera toda, jovens talentos brasileiros, mais uma vez numa das melhores ondas do Brasil. Ganho muita motivação com esse título. Parabéns a todos os competidores, o nível técnico está muito alto”, disse o veterano de 36 anos.
Vitinho, que briga para voltar ao WCT, ainda conseguiu quitar mais uma dívida neste domingo. Mostrou para seu filho Lucas, de 5 anos, que nunca havia assistido a uma vitória sua, que realmente é um vencedor.
“Meu filho está aqui e meu deu a maior sorte, muita vontade. Foi a segunda vez que ele me viu competir e a primeira que ganhei com ele na platéia. Era tudo que eu queria”, finalizou o campeão, que teve a melhor média do campeonato, 17,60 pontos nas oitavas-de-final.
Bruno Santos, que neste ano colocou o Brasil no topo do pódio do WCT, depois de seis anos sem vitórias, competiu pela primeira vez no Rio de Janeiro após o feito, na frente da família, mas não teve de driblar uma quilha quebrada na última bateria do dia.
“Não dei muita sorte na final, mas é sempre bom estar no pódio em casa. Minha família e amigos estão todos aqui na praia. As condições melhoraram e hoje tiveram ondas muito boas surfadas”, contou Bruninho.
Nas semifinais, Vitinho e Bruninho avançaram junto na primeira delas, com o cabo-friense em primeiro. Os dois eliminaram os cariocas João Gutemberg e Alexandre Almeida. Na outra semifinal, que teve a vitória de Edgar Bishoff, com Duda Carneiro em segundo, que se despediu da competição foram Beto Mariano e Anselmo Corrêa.
Raoni Monteiro, também ex-top do WCT, que havia feito a melhor performance do primeiro dia de competições, foi barrado nas oitavas-de-final, em bateria vencida pelo seu conterrâneo de Saquarema Ronnie Martins. Mesmo destino teve o local do Arpoador Simão Romão. O carioca Anselmo Corrêa venceu a bateria.
Com a falta de condições para realização da categoria feminina, as 16 meninas inscritas na competição dividiram a 13º colocação e os 10 mil reais em prêmios, sendo 625 reais para cada atleta.
“Como na sexta-feira não teve onda, o cronograma do campeonato ficou prejudicado. Mostramos para as meninas que as condições não estavam boas no final do dia, o que atrapalharia o andamento das baterias. Seria forçar uma barra. Conversamos com a Brigitte Mayer, representante das competidoras na Abrasp e apresentamos a opção de transferir a pontuação e prêmio para as outras duas etapas, mas elas preferiram a opção de dividir a pontuação e premiação desta”, disse Pedro Falcão, diretor de prova.
Show à parte foi a participação dos alunos do projeto Especialmente Surf, uma parceria do Instituto Vivo com o Instituto Benjamin Constant (IBC) e a Escola Carioca de Surf, que tem como desafio ensinar 12 deficientes visuais a surfar. Durante a primeira etapa da competição, os alunos tiveram suas primeiras aulas no mar.
“Fiquei impressionado com a garra e determinação deles. Todos conseguiram ficar em pé na prancha com facilidade. Com certeza na última etapa do Estadual eles estarão arrebentando”, diz Pedro, professor da Escola Carioca de Surfe e responsável pelas aulas.
Entre os alunos, um campeão paraolímpico (Atenas-2004) e parapan-americano (Rio-2007): o habilidoso João Batista, do futebol de cinco. Outro “atleta” que chamou a atenção foi Júlio dos Anjos, de 27 anos, que já no primeiro dia de aula conseguiu surfar quatro ondas.
“Foi uma sensação de liberdade incrível, pegar velocidade em cima da prancha é muito bom. Depois que fiquei em pé foi só alegria. Sempre sonhei em surfar”, diz Júlio, que se auto-intitulou ”Cego Slater”, numa alusão ao octacampeão mundial de surfe, Kelly Slater.
Os alunos do “Especialmente Surf” também vão se apresentar nas próximas etapas do Circuito Vivo de Surf Profissional: entre 15 e 17 de agosto, em Saquarema, no Maracanã do surfe brasileiro, e na decisiva competição na Barra da Tijuca, de 7 a 9 de novembro, haverá uma competição entre os alunos.
Resultado da etapa:
1º - Victor Ribas – RJ – 2000 pontos
2º - Edgar Bischoff – SP – 1720 pontos
3º - Bruno Santos - RJ – 1460 pontos
4º - Duda Carneiro – CE – 1340 pontos
5º - João Gutemberg – RJ – 1220 pontos
5º - Beto Mariano – SC – 1220 pontos
7º - Alexandre Almeida – RJ – 1110 pontos
7º - Anselmo Correa – RJ – 1110 pontos
A primeira etapa do Circuito Vivo de Surf Profissional, que terminou neste domingo (207) no palco mais tradicional do Rio de Janeiro, a Praia do Arpoador, coroou um grande campeão do surfe nacional. O cabo-friense Victor Ribas, ex-top da elite mundial, o WCT e dono do melhor resultado de um brasileiro na história (terceiro em 1999), sobrou nas boas ondas de quase um metro de altura e venceu a bateria final, deixando o paulista Edgar Bischoff na segunda posição. O niteroiense Bruno Santos, em terceiro, e o cearense Duda Carneiro completaram o pódio.
“É muito bom saber que ainda posso competir e ganhar dessa galera toda, jovens talentos brasileiros, mais uma vez numa das melhores ondas do Brasil. Ganho muita motivação com esse título. Parabéns a todos os competidores, o nível técnico está muito alto”, disse o veterano de 36 anos.
Vitinho, que briga para voltar ao WCT, ainda conseguiu quitar mais uma dívida neste domingo. Mostrou para seu filho Lucas, de 5 anos, que nunca havia assistido a uma vitória sua, que realmente é um vencedor.
“Meu filho está aqui e meu deu a maior sorte, muita vontade. Foi a segunda vez que ele me viu competir e a primeira que ganhei com ele na platéia. Era tudo que eu queria”, finalizou o campeão, que teve a melhor média do campeonato, 17,60 pontos nas oitavas-de-final.
Bruno Santos, que neste ano colocou o Brasil no topo do pódio do WCT, depois de seis anos sem vitórias, competiu pela primeira vez no Rio de Janeiro após o feito, na frente da família, mas não teve de driblar uma quilha quebrada na última bateria do dia.
“Não dei muita sorte na final, mas é sempre bom estar no pódio em casa. Minha família e amigos estão todos aqui na praia. As condições melhoraram e hoje tiveram ondas muito boas surfadas”, contou Bruninho.
Nas semifinais, Vitinho e Bruninho avançaram junto na primeira delas, com o cabo-friense em primeiro. Os dois eliminaram os cariocas João Gutemberg e Alexandre Almeida. Na outra semifinal, que teve a vitória de Edgar Bishoff, com Duda Carneiro em segundo, que se despediu da competição foram Beto Mariano e Anselmo Corrêa.
Raoni Monteiro, também ex-top do WCT, que havia feito a melhor performance do primeiro dia de competições, foi barrado nas oitavas-de-final, em bateria vencida pelo seu conterrâneo de Saquarema Ronnie Martins. Mesmo destino teve o local do Arpoador Simão Romão. O carioca Anselmo Corrêa venceu a bateria.
Com a falta de condições para realização da categoria feminina, as 16 meninas inscritas na competição dividiram a 13º colocação e os 10 mil reais em prêmios, sendo 625 reais para cada atleta.
“Como na sexta-feira não teve onda, o cronograma do campeonato ficou prejudicado. Mostramos para as meninas que as condições não estavam boas no final do dia, o que atrapalharia o andamento das baterias. Seria forçar uma barra. Conversamos com a Brigitte Mayer, representante das competidoras na Abrasp e apresentamos a opção de transferir a pontuação e prêmio para as outras duas etapas, mas elas preferiram a opção de dividir a pontuação e premiação desta”, disse Pedro Falcão, diretor de prova.
Show à parte foi a participação dos alunos do projeto Especialmente Surf, uma parceria do Instituto Vivo com o Instituto Benjamin Constant (IBC) e a Escola Carioca de Surf, que tem como desafio ensinar 12 deficientes visuais a surfar. Durante a primeira etapa da competição, os alunos tiveram suas primeiras aulas no mar.
“Fiquei impressionado com a garra e determinação deles. Todos conseguiram ficar em pé na prancha com facilidade. Com certeza na última etapa do Estadual eles estarão arrebentando”, diz Pedro, professor da Escola Carioca de Surfe e responsável pelas aulas.
Entre os alunos, um campeão paraolímpico (Atenas-2004) e parapan-americano (Rio-2007): o habilidoso João Batista, do futebol de cinco. Outro “atleta” que chamou a atenção foi Júlio dos Anjos, de 27 anos, que já no primeiro dia de aula conseguiu surfar quatro ondas.
“Foi uma sensação de liberdade incrível, pegar velocidade em cima da prancha é muito bom. Depois que fiquei em pé foi só alegria. Sempre sonhei em surfar”, diz Júlio, que se auto-intitulou ”Cego Slater”, numa alusão ao octacampeão mundial de surfe, Kelly Slater.
Os alunos do “Especialmente Surf” também vão se apresentar nas próximas etapas do Circuito Vivo de Surf Profissional: entre 15 e 17 de agosto, em Saquarema, no Maracanã do surfe brasileiro, e na decisiva competição na Barra da Tijuca, de 7 a 9 de novembro, haverá uma competição entre os alunos.
Resultado da etapa:
1º - Victor Ribas – RJ – 2000 pontos
2º - Edgar Bischoff – SP – 1720 pontos
3º - Bruno Santos - RJ – 1460 pontos
4º - Duda Carneiro – CE – 1340 pontos
5º - João Gutemberg – RJ – 1220 pontos
5º - Beto Mariano – SC – 1220 pontos
7º - Alexandre Almeida – RJ – 1110 pontos
7º - Anselmo Correa – RJ – 1110 pontos