A nova sensação do surfe norte-americano, Kolohe Andino, 17 anos, venceu
as duas etapas da “perna brasileira” de fim de ano da ASP South America
e entrou no grupo dos 32 surfistas que formarão a elite do ASP World
Tour em 2012. O segundo título foi conquistado no domingo de Sol, praia
lotada e boas ondas de 3-4 pés no Arpoador. As suas manobras modernas,
principalmente os aéreos, fizeram a diferença nas fases decisivas.
Inclusive na final contra o paulista Hizunomê Bettero, 25, no Arnette
apresenta Quiksilver Brasil Open of Surfing no Rio de Janeiro.
“Foi uma final muito difícil”, admitiu Kolohe Andino. “Eu sabia que
estava enfrentando um grande surfista, que, assim como eu, fez um grande
campeonato. Nós conseguimos achar boas ondas, mas teve um momento em
que parei e pensei: “Será que não vou conseguir virar?”. As ondas tinham
parado de entrar, mas quando voltaram consegui boas notas com os dois
aéreos nas direitas que acabaram me dando o título”.
O norte-americano também falou sobre as duas vitórias consecutivas
conquistadas no Brasil e da sua entrada no grupo da divisão de elite do
esporte. Com mais 3.500 pontos do título no Quiksilver Brasil Open, que
valeu um prêmio de 20 mil dólares, Kolohe Andino praticamente confirmou a
sua vaga ao alcançar o 24.o lugar no ASP World Ranking, que garante os
32 primeiros colocados no Dream Tour de 2012.
“Só posso dizer que o Brasil é sensacional. O lugar é lindo, as pessoas nos recebem muito bem, a comida é boa e as ondas, para mim, foram maravilhosas”, afirmou Andino. “Os resultados foram excelentes para mim, consegui subir no ranking, mas não parei para pensar nisso e ainda não me sinto lá no ASP Tour. Vim para cá só pensando em surfar, em me divertir e consegui vencer duas competições, então tenho que continuar com esse pensamento”.
“Só posso dizer que o Brasil é sensacional. O lugar é lindo, as pessoas nos recebem muito bem, a comida é boa e as ondas, para mim, foram maravilhosas”, afirmou Andino. “Os resultados foram excelentes para mim, consegui subir no ranking, mas não parei para pensar nisso e ainda não me sinto lá no ASP Tour. Vim para cá só pensando em surfar, em me divertir e consegui vencer duas competições, então tenho que continuar com esse pensamento”.
Na bateria decisiva, o brasileiro largou na frente com uma nota 7,5,
contra 4,83 do americano. Mas, logo Kolohe pega uma esquerda mais longa
para apresentar a sua variedade de manobras e assumir a ponta com nota
8,83. Ele ainda surfa outra onda mais rápida antes de Hizunomê e dispara
na dianteira com 7,67. Mas, o ubatubense volta para a briga numa ótima
onda que ele acertou uma série de quatro manobras para finalizar com um
aéreo rodando perfeito, levantando a torcida na areia com a nota 9,07
recebida dos juízes.
Tudo isso ainda no início da bateria, com apenas três ondas surfadas
por cada um, já comprovando o altíssimo nível dos finalistas. O
americano ficou precisando de 8,25 pontos para retomar a ponta. Depois
de um remanso de aproximadamente 5 minutos sem ondas, Kolohe pega uma
fraca e erra a segunda manobra, com a prioridade de escolha da próxima
ficando para o brasileiro.
Hizunomê espera pacientemente pela entrada de uma maior no outside,
enquanto o americano vai pegando as ondas do inside (mais próximo da
praia), usando a mesma tática de ficar mandando aéreos na beira como fez
para ganhar a semifinal contra o carioca Leonardo Neves. De tanto
insistir, o americano acabou pegando uma esquerda que abriu uma boa
parede e foi variando batidas com rasgadas, mas a nota saiu 7,70 e
Hizunomê seguiu na frente.
O ubatubense só pegou outra onda quando faltavam 8 minutos para o
término, mas a esquerda logo fechou. Aí sobrou a direita para Kolohe
usar a sua arma mortal, completando um aéreo rodando perfeito que valeu
nota 8,40 e a virada no placar. Agora era o brasileiro que teria de
correr atrás de 7,66 pontos nos minutos finais. Hizunomê escolhe uma
esquerda e manda três manobras fortes, principalmente a na junção, mas
os juízes deram nota 7,40. Só que, de novo, sobra uma direita para o
americano mandar um “aéreo reverse one grab rail” de difícil execução
que arrancou um 9,10 para sacramentar a vitória por 17,50 x 16,57
pontos.
“Eu fiz o meu melhor, tive uma onda muito boa com quatro manobras e
um aéreo rodando pra finalizar e recebi um 9,07, enquanto ele fez só um
aéreo e tirou quase a mesma nota (9,10), mas são os juízes que decidem
né”, lamentou Hizunomê. “Mesmo assim, estou feliz pelo resultado, fazia
tempo que eu não chegava numa final em etapas do Circuito Mundial e
competição é isso, um tem que ganhar, então foi a minha vez de ficar em
segundo lugar. Eu só posso dizer que vou continuar batalhando porque em
alguma hora sei que vou vencer”.
Pelo vice-campeonato no Quiksilver Brasil Open, Hizunomê recebeu um
prêmio de 10 mil dólares e subiu da 52.a para a 48.a posição no ranking
que classifica os 32 primeiros para o ASP Dream Tour do ano que vem. No
domingo, ele venceu o primeiro confronto do dia, ainda pela quarta fase
da competição. Depois também ganhou na rodada de baterias formadas por
três competidores e nos duelos homem a homem despachou dois paulistas no
caminho até a final, Thiago Guimarães nas quartas e o jovem Filipe
Toledo nas semifinais.
Já o campeão Kolohe Andino ingressou no G-32 do ASP World Ranking
quando derrotou o paulista Thiago Camarão nas quartas de final pela
segunda vez consecutiva, pois os dois já haviam se enfrentado nesta
mesma fase no SuperSurf Internacional encerrado no sábado passado em
Ubatuba (SP). Na semifinal tirou o último carioca da competição, mas a
praia toda vaiou o resultado por causa da nota 6,80 que os juízes deram
em um aéreo numa direita curta, mas não a virada na última onda de
Leonardo Neves. Ele precisava de 7,07 pontos e recebeu nota 7,00, sendo
eliminado por um placar apertado de 13,80 x 13,73 pontos.
“A bateria ficou duvidosa no final. O Kolohe deu um aéreo pequeno na
beira, a manobra não foi muito expressiva e ganhou um 6,80, quase a
mesma nota da minha última onda que eu dei mais de quatro batidas
fortes, jogando água. Eu precisava de 7,07 e me deram um 7 cravado, aí
não dá”, destacou Leonardo Neves. “Mas sei que eu fiz uma boa campanha
no campeonato. Acho que perdi a oportunidade de vencer esta etapa, pois
eu estava muito encaixado com as ondas, porém estou feliz pelo terceiro
lugar também”.
ARNETTE WORLD JUNIOR - Leonardo Neves, 31 anos, dividiu o
terceiro lugar no pódio do Quiksilver Brasil Open of Surfing com o mais
jovem dos semifinalistas, Filipe Toledo, de apenas 16 anos de idade. O
atual campeão sul-americano Sub-20 será um dos destaques do Brasil no
Quiksilver apresenta Arnette ASP World Junior Championship, segunda
etapa do Circuito Mundial Pro Junior da ASP que começa nesta
segunda-feira nas mesmas ondas do Arpoador.
“Estou muito feliz por te conseguido esse resultado. Uma semifinal
num campeonato tão importante como esse é certamente o meu melhor
resultado como profissional”, falou Filipe Toledo. “Foi muito legal
fazer essa semifinal com o Hizunomê (Bettero), que é um grande amigo meu
lá de Ubatuba e espero que ele quebre essa final e ganhe o título desta
etapa”.
O Arnette apresenta Quiksilver Brasil Open de Surf é uma realização
da Adding Sports com supervisão da Federação de Surf do Estado do Rio de
Janeiro (FESERJ) e patrocínio da Arnette, Oi, Quiksilver e do Governo
do Estado do Rio de Janeiro, através da Secretaria de Esporte e Lazer. O
evento homologado pela ASP South America como etapa do ASP World 6-Star
também conta com o apoio da Oi Futuro, Oi FM, Urgh, DC, Roxy,
Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, Favela Surf Clube e Arpoador
Surf Clube, sendo transmitida ao vivo pelo www.brasilopenofsurfing.com.br e pela TV no Woohoo, canal 49 da TVA.
FINAL DO QUIKSILVER BRASIL OPEN OF SURFING:
Campeão: Kolohe Andino (EUA) com 17,50 pontos - US$ 20.000 e 3.500 pontos
Vice-campeão: Hizunomê Bettero (BRA) com 16,57 pontos - US$ 10.000 e 2.640 pontos
Campeão: Kolohe Andino (EUA) com 17,50 pontos - US$ 20.000 e 3.500 pontos
Vice-campeão: Hizunomê Bettero (BRA) com 16,57 pontos - US$ 10.000 e 2.640 pontos
SEMIFINAIS – 3.o lugar – US$ 5.000 e 2.080 pontos:
1.a: Kolohe Andino (EUA) 13,80 x 13,73 Leonardo Neves (BRA)
2.a: Hizunomê Bettero (BRA) 15,00 x 8,93 Filipe Toledo (BRA)
1.a: Kolohe Andino (EUA) 13,80 x 13,73 Leonardo Neves (BRA)
2.a: Hizunomê Bettero (BRA) 15,00 x 8,93 Filipe Toledo (BRA)
QUARTAS DE FINAL – 5.o lugar – US$ 2.850 e 1.560 pontos:
1.a: Kolohe Andino (EUA) 16.77 x 12.47 Thiago Camarão (BRA)
2.a: Leonardo Neves (BRA) 17.80 x 16.00 Bino Lopes (BRA)
3.a: Hizunomê Bettero (BRA) 15.86 x 10.50 Thiago Guimarães (BRA)
4.a: Filipe Toledo (BRA) 14.70 x 10.93 Jessé Mendes (BRA)
1.a: Kolohe Andino (EUA) 16.77 x 12.47 Thiago Camarão (BRA)
2.a: Leonardo Neves (BRA) 17.80 x 16.00 Bino Lopes (BRA)
3.a: Hizunomê Bettero (BRA) 15.86 x 10.50 Thiago Guimarães (BRA)
4.a: Filipe Toledo (BRA) 14.70 x 10.93 Jessé Mendes (BRA)
QUINTA FASE – Round of 12 – 3.o=9.o lugar – US$ 2.400 e 920 pontos:
1.a: 14.67=Kolohe Andino (EUA), 10.33=Bino Lopes (BRA), 7.93=Pedro Henrique (BRA)
2.a: 15.34=Leonardo Neves (BRA), 13.63=Thiago Camarão (BRA), 12.03=Marcio Farney (BRA)
3.a: 16.83=Hizunomê Bettero (BRA), 15.44=Filipe Toledo (BRA), 10.67=Keanu Asing (HAV)
4.a: 13.63=Jessé Mendes (BRA), 12.00=Thiago Guimarães (BRA), 11.70=Mitch Crews (AUS)
1.a: 14.67=Kolohe Andino (EUA), 10.33=Bino Lopes (BRA), 7.93=Pedro Henrique (BRA)
2.a: 15.34=Leonardo Neves (BRA), 13.63=Thiago Camarão (BRA), 12.03=Marcio Farney (BRA)
3.a: 16.83=Hizunomê Bettero (BRA), 15.44=Filipe Toledo (BRA), 10.67=Keanu Asing (HAV)
4.a: 13.63=Jessé Mendes (BRA), 12.00=Thiago Guimarães (BRA), 11.70=Mitch Crews (AUS)
QUARTA FASE – Round of 24 – 3.o=13.o lugar (US$ 2.200 e 800 pts) / 4.o=19.o ($ 2.000 e 543 pts):
----------------------baterias que abriram o domingo:
5.a: 1-Hizunomê Bettero (BRA), 2-Mitch Crews (AUS), 3-Tomas Hermes (BRA), 4-Nicholas Squires (AUS)
6.a: 1-Thiago Guimarães (BRA), 2-Filipe Toledo (BRA), 3-Ricardo dos Santos (BRA), 4-Simão Romão (BRA)
----------------------baterias que abriram o domingo:
5.a: 1-Hizunomê Bettero (BRA), 2-Mitch Crews (AUS), 3-Tomas Hermes (BRA), 4-Nicholas Squires (AUS)
6.a: 1-Thiago Guimarães (BRA), 2-Filipe Toledo (BRA), 3-Ricardo dos Santos (BRA), 4-Simão Romão (BRA)
TOP-32 DO ASP WORLD RANKING – 43 etapas em 2011:
01: Kelly Slater (EUA) – 69.000 pontos
02: Owen Wright (AUS) – 49.400
03: Taj Burrow (AUS) – 48.450
04: Adriano de Souza (BRA) – 46.700
05: Joel Parkinson (AUS) – 46.600
06: Jordy Smith (AFR) – 46.025
07: Julian Wilson (AUS) – 45.700
08: Jeremy Flores (FRA) – 40.570
09: Michel Bourez (TAH) – 36.900
10: Gabriel Medina (BRA) – 36.620
11: Bede Durbidge (AUS) – 35.700
12: Mick Fanning (AUS) – 35.399
13: Alejo Muniz (BRA) – 35.199
14: Heitor Alves (BRA) – 34.895
15: Damien Hobgood (EUA) – 34.570
16: Josh Kerr (AUS) – 33.999
17: Adrian Buchan (AUS) – 30.641
18: Raoni Monteiro (BRA) – 27.845
19: Matt Wilkinson (AUS) – 25.650
20: Miguel Pupo (BRA) – 24.753
21: Taylor Knox (EUA) – 24.300
22: Jadson André (BRA) – 23.640
23: John John Florence (HAV) – 23.516
24: Kolohe Andino (EUA) – 22.602
25: Fredrick Patacchia (HAV) – 22.120
26: Dusty Payne (HAV) – 21.975
27: C. J. Hobgood (EUA) – 21.700
28: Kai Otton (AUS) – 21.650
29: Brett Simpson (EUA) – 21.600
30: Yadin Nicol (AUS) – 21.371
31: Chris Davidson (AUS) – 21.208
32: Travis Logie (AFR) – 21.117
-----------mais brasileiros até o 100.o lugar:
37: Thiago Camarão (SP) – 18.810 pontos
41: Jessé Mendes (SP) – 18.342
43: Willian Cardoso (SC) – 16.818
48: Hizunomê Bettero (SP) – 14.905
50: Junior Faria (SP) – 14.461
53: Leonardo Neves (RJ) – 12.445
63: Wiggolly Dantas (SP) – 10.379
83: Tomas Hermes (SC) – 7.924
88: Jano Belo (PB) – 6.983
95: Ricardo dos Santos (SC) – 6.326
98: Pablo Paulino (CE) – 6.001
100: Yuri Sodré (RJ) – 5.909
01: Kelly Slater (EUA) – 69.000 pontos
02: Owen Wright (AUS) – 49.400
03: Taj Burrow (AUS) – 48.450
04: Adriano de Souza (BRA) – 46.700
05: Joel Parkinson (AUS) – 46.600
06: Jordy Smith (AFR) – 46.025
07: Julian Wilson (AUS) – 45.700
08: Jeremy Flores (FRA) – 40.570
09: Michel Bourez (TAH) – 36.900
10: Gabriel Medina (BRA) – 36.620
11: Bede Durbidge (AUS) – 35.700
12: Mick Fanning (AUS) – 35.399
13: Alejo Muniz (BRA) – 35.199
14: Heitor Alves (BRA) – 34.895
15: Damien Hobgood (EUA) – 34.570
16: Josh Kerr (AUS) – 33.999
17: Adrian Buchan (AUS) – 30.641
18: Raoni Monteiro (BRA) – 27.845
19: Matt Wilkinson (AUS) – 25.650
20: Miguel Pupo (BRA) – 24.753
21: Taylor Knox (EUA) – 24.300
22: Jadson André (BRA) – 23.640
23: John John Florence (HAV) – 23.516
24: Kolohe Andino (EUA) – 22.602
25: Fredrick Patacchia (HAV) – 22.120
26: Dusty Payne (HAV) – 21.975
27: C. J. Hobgood (EUA) – 21.700
28: Kai Otton (AUS) – 21.650
29: Brett Simpson (EUA) – 21.600
30: Yadin Nicol (AUS) – 21.371
31: Chris Davidson (AUS) – 21.208
32: Travis Logie (AFR) – 21.117
-----------mais brasileiros até o 100.o lugar:
37: Thiago Camarão (SP) – 18.810 pontos
41: Jessé Mendes (SP) – 18.342
43: Willian Cardoso (SC) – 16.818
48: Hizunomê Bettero (SP) – 14.905
50: Junior Faria (SP) – 14.461
53: Leonardo Neves (RJ) – 12.445
63: Wiggolly Dantas (SP) – 10.379
83: Tomas Hermes (SC) – 7.924
88: Jano Belo (PB) – 6.983
95: Ricardo dos Santos (SC) – 6.326
98: Pablo Paulino (CE) – 6.001
100: Yuri Sodré (RJ) – 5.909
Por: João Carvalho – Assessoria de Imprensa da ASP South America
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