sábado, 5 de novembro de 2011

Terceiro dia do BSP com muitos aéreos e baterias acirradas

Os favoritos foram derrotados no terceiro dia da 4ª etapa do Brasil Surf Pro 2011, na Praia da Barra, Rio de Janeiro, e o ranking nacional ficou ainda mais emocionante. Entre os dez melhores surfistas do circuito, apenas o paraibano Jano Belo, na sétima colocação, avançou para as quartas-de-final. Se vencer a etapa carioca, quarta do ano, Jano será o novo líder da competição. No feminino, Cláudia Gonçalves, que ainda podia conquistar o título nacional, foi eliminada e agora apenas a vice-líder do circuito, a catarinense Juliana Quint, que passou pela conterrânea Marina Werneck, continua com chances de tirar o título da paraibana Diana Cristina, eliminada na última quinta-feira.

Na primeira bateria do dia, o terceiro colocado Messias Felix perdeu para o paulista Alex Ribeiro, que voou nas ondas e garantiu a melhor nota do dia, um 9.33. Com a eliminação de Messias, a disputa entre Jano e o potiguar Alan Jones, empatados em sétimo no circuito, ganhou ares de decisão. Com dois aéreos, o paraibano garantiu um somatório de 10,40 e saiu vitorioso. Com os grandes fora da disputa, o surfista pode chegar à liderança ao final da etapa, mas prefere pensar somente nas ondas.

“Estou vindo de alguns campeonatos lá fora e o meu foco é o WST (divisão de acesso ao WT). Estava na Califórnia e ia direto para o Havaí, mas vim para cá participar do Brasil Surf Pro, pois acho esse campeonato forte. Não estou pensando em liderança, e sim em me sair bem aqui. Conheço bem as ondas da Barra, moro aqui há cinco anos. Amanhã, enfrento o Alex Ribeiro e, dependendo das ondas, vou usar os aéreos como carta na manga. Hoje, mandei dois aéreos na minha bateria e me saí bem”, analisou Jano.
Após verem o carioca Leandro Bastos sendo derrotado pelo catarinense Diego Rosa, Victor Ribas e Simão Romão entraram para disputar onda a onda uma vaga nas quartas. Perto do final da bateria, Victor, o aniversariante da semana, levava a melhor, mas Simão mais uma vez achou uma boa onda e, com outro aéreo, passou o conterrâneo com um somatório de 13.50 pontos, contra 12.54.

Nos outros duelos do dia, o capixaba Krystian Kymmerson passou pelo catarinense Marco Polo, o paulista Renato Galvão derrotou o ubatubense Odirley Coutinho, quarto do ranking, o cearense Pablo Paulino bateu o baiano Franklin Serpa e o carioca Igor Moraes não deu chance para o paulista Heitor Pereira vencendo de 13.83 a 2.17.

Nas disputas da parte da tarde, a paulista Cláudia Gonçalves perdeu no finalzinho para a ubatubense Suelen Naraísa por 9.53 a 9.27. A carioca Taís Almeida passou pela conterrânea Gabriela Teixeira e enfrenta Suelen nas seminifinais deste sábado. A catarinense Gabriela Leite, que derrotou a paulista Camila Cássia, e a vice-líder do circuito Juliana Quint fazem a outra semifinal do dia.

Enquanto os melhores surfistas do Brasil se enfrentam nas quartas-de-final masculinas, o projeto Petrobras Surfe pelas Florestas entra em ação para lutar contra a poluição das Lagoas da Barra. Em stand ups, pranchões e barcos, o projeto irá plantar mudas de mangue e restinga no Canal de Marapendi. Na Praia da Barra, as ondas do posto 4 irão receber as disputas entre Alex Ribeira e Jano Belo, Diego Rosa e Simão Romão, Krystian Kymmerson e Renato Galvão e Pablo Paulino e Igor Moraes.

A competição pode ser acompanhada ao vivo pelo site www.brasilsurfpro.com.br, onde também é possível ver o resultado de todas as baterias.

Na Plataforma Petrobras Surfe pelas Florestas foi a vez de moradores da comunidade da Maré conheceram um pouco do ecossistema local e aprenderem como ajudar o meio ambiente com ações do dia a dia. Cerca de 20 crianças da Vila Olímpica da Maré vieram acompanhadas de parentes e ganharam mudas de plantas para fazer da comunidade um local mais verde e agradável para viver. Muitas delas, como Maryana de Oliveira, de 10 anos, pisavam na praia pela primeira vez.

“A praia é muito linda. É diferente do que eu já vi na televisão. A tia me ensinou que não pode jogar lixo no chão e que temos que gastar menos água e energia para ajudar o planeta”, contou Mayana, que estava acompanhada da mãe, a auxiliar de escritório Nilsa Vieira, de 38 anos, que só havia tido contato com o mar no artificial Piscinão de Ramos.

Na tenda Oi Futuro, os alunos do Instituto Oi Kabum continuaram a oficina de câmera com os profissionais da KN Vídeo. As aulas, que mesclam aulas teóricas e práticas, acabam neste sábado. Os vídeos e reportagens gravadas pelos alunos serão disponibilizados no site oficial do evento.

Por Fernanda Villas Boas

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